No dia 22 de novembro de 2003 um Airbus A300 da companhia de transporte aéreo DHL decolou do aeroporto de Bagdá.
A bordo estavam 3 tripulantes: dois belgas, o capitão Eric Gennotte e o primeiro oficial Steeve Michielsen, e o engenheiro de vôo escocês Mario Rofail.
Minutos depois, o A300 foi “abatido” por um míssil terra-ar guiado por infra-vermelho de fabricação russa (9K34 Strela-3).
A explosão na asa destruiu os 3 sistemas hidráulicos do A-300. Os sistemas de controle dos A300 são 100% mecânico-hidráulico e ao contrario dos B777, B787, A320, A330, A340, A380, ERJs e CRJs, os A300 não possuem:
- Fly-by-Wire: conexão elétrica/eletrônica entre o piloto e o sistema hidráulico.
- Flight Envelope Protection: computadores para decidir como mover os ailerons, leme, flaps, profundores e impedir a tripulação de colocar o avião em situação de perigo (elevado ângulo de ataque e/ou baixa velocidade, que poderia fazer o avião estolar, elevadas velocidades e/ou forças g, que poderiam desintegrar o avião, etc).
A tripulação do A300 da DHL realizou uma façanha nunca antes conseguida na historia da aviação comercial: realizou o pousou usando apenas o controle (aumento/diminuição) do empuxo dos dois motores.
No pouso, o A300 saiu da pista e levantou uma grande quantidade de poeira.
Horas depois, quando os engenheiros da Airbus souberam que uma tripulação havia pousado um A300 sem nenhum sistema hidráulico, não acreditaram. A analise do avião após o indente e da caixa-preta de dados provou que a tripulação não tinha nenhum sistema hidráulico funcionando.
A Airbus passou a estudar o desenvolvimento de um software que ajude uma tripulação a fazer o que a tripulação do A300 da DHL fez em caso de perda total dos sistemas hidráulicos.
Os tripulantes saíram sem ferimentos e receberam muitas homenagens e condecorações.
A repórter Claudine Verniez-Palliez da revista francesa Paris Match estava fazendo uma reportagem com o grupo de guerrilheiros no momento em que lançaram o ataque contra o A300 da DHL. Por questões de segurança, a equipe de reportagem da Paris Match foi retirada do Iraque após o ataque. A revista Paris Match publicou posteriormente fotos do ataque.
(Imagens da internet) |
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